terça-feira, 25 de agosto de 2009

Vergonha


A dança

Ela dança em mim
no momento exato,
no segundo preciso
do constrangimento.

Incomoda
Ver alguém sem nada a dizer
Sem saber o que fazer
quando atrai olhos e ouvidos a si.

Ah, se
Neste instante
o corpo é quem fala
O feitiço muda de direção

Vergonha da vergonha da vergonha da vergonha da vergonha da vergonha da vergonha da vergonha da vergonha da vergonha da vergonha da vergonha da vergonha da vergonha...

Necessário:
http://www.youtube.com/watch?v=C570byQCLpI

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

O amor dos outros


Pela primeira vez, fiquei feliz ao ler o amor deles. É bonito, singelo, delicado, verdadeiro.
Visto em pequenos detalhes, grandes palavras.
Gostoso olhar que um amor assim existe.
Gostoso abrir uma janela e me deparar com uma poesia encantada de duas pessoas.
Feito duas crianças, são inteiros um com o outro. Sem pudores, dias cheios de brincadeiras.
Ele agrada, ela sorri por saber que ele fez isso para ela.
E os dois se beijam, apaixonados, e já cheios de saudade pela despedida.

Ver um amor tão bonito. E guardar à distância sentimentos que afloram.

domingo, 23 de agosto de 2009

VÔO


Voa, Voa... Foge!


Passarinho assustado: bate as asas.

Corre do ninho.

Encaminha-se para outro lado.

Sente, arrepiado, o contato do ar.

Penas flutuam,

Na congelada camada entre o corpo e o vento.

O susto o encarcera

Dentro de si

Voa solitário ao longe.

Sentir assusta, afoba, afoga.

Desaninhado procura a si

Ruma à imensidão.

Flutuar? Isolante.


Sobe, Sobe... Cai!


Engrandecido,

Na batalha dos sentimentos, perde suas forças.

Cambaleia no céu.

Sua sombra cresce na terra batida.

Aproxima-se.

E no instante da queda,

Uma pausa:

...........................................................................

Sobrevoa a flor,

Comunicação silenciosa, estanque.

Nova investida.

Bico nas alturas.

Arrisca um relance ao ninho.


Volta, Volta... Adiante!


Alonga suas possibilidades

No farfalhar das asas.

Rumo ao destino.

Sentido? O caminho.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

apoética

Edward Hopper - Morning Sun

Quero o fim de tempos tão sérios
De angústias mal resolvidas
Absorta em pensamentos

O mau uso das palavras

Falta poesia nessa cama.