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sexta-feira, 23 de abril de 2010

1º chamada para a intervenção coletiva: "três minutinhos..." / Pare por três minutinhos para fazer bolhinhas de sabão no metrô SÉ. Quando: dia 06 de maio - quinta - às 17h

Imagine o metrô em horário de maior movimento, com suas plataformas lotadas de pessoas cansadas e divididas entre seus pensamentos e a necessidade de preservar um pouquinho de espaço. Agora imagine que, de repente e de uma só vez, começam a subir muitas bolhinhas de sabão do meio desse aglomerado. MUITAS, (!) a ponto de provocar sensações diferentes das vivenciadas até então, naquele local.

Agora imagine-se participando dessa intervenção ao lado de outros conhecidos e desconhecidos...
 

...Pois bem, o desejo de resignificar um espaço público surgiu de uma situação bastante comum no nosso dia-a-dia: pessoas "enlatadas" nas estações de trem, a falta de espaço nesses e em outros locais e a sensação de falta de ar. Diante de tanto "peso" e de uma individualidade comprometida pela multidão, o ...AVOA! pensou em levar um elemento leve, bonito, lúdico e que contém um espaço interno repleto de ar... A bolhinha de sabão.
O núcleo está com um novo projeto que dialoga diretamente com a cidade e que agrega diversas ações, principalmente as intervenções urbanas, foco principal de pesquisa e criação.

Busca-se, através da realização de ações na cidade, a resignificação do espaço público e a experiência do contato do cidadão que se desloca por esses ambientes, ampliando o repertório de relações sensoriais com a cidade, alimentando o banco de dados imagético urbano e abrindo possibilidades de gerar novas percepções e sensações. O aumento deste repertório propõe a saída de um “lugar óbvio” ditado pela rotina, que cria automatismos nas relações urbanas e humanas e onde certas imagens e sensações passam despercebidas.

Participem! São só alguns minutos de muita leveza e troca.

Ajudem a divulgar! Convide os amigos!

Contribua para que a intervenção seja um sucesso!


Abraços,

Calu Baroncelli, Chris Cruz, Conrado Carmven, Gil Grossi, Larissa Pretti, Luciana Bortoletto e Ricardo Bretones



http://www.nucleoavoa.com/


http://nucleoavoa-artes.blogspot.com/

terça-feira, 17 de março de 2009

Enchentes


Homens por todos os lados, anciões, carecas, espinhudos, mastigando, ouvindo um som, dormindo, vendendo amendoim, gritos de reclamação. Uma multidão irritada. Dependente do transporte público em dia de chuva. Uma catástrofe natural, alagamentos, inundações. Trânsito interrompido. Na estação de trem de São Caetano o dilúvio de pessoas. Abelhas inflamadas depois de tocarem em sua colmeia. Enxovalhavam o maquinista. Pelo vidro, vejo filas do lado de fora da estação. Como um quadro fresco de rostos pintados:retratos da cidade, do caos. Caras sem voz, sem corpo, sem meios... Todos extremamente juntos. Desunidos. O que podiam fazer além da paciente espera? Bater os pés? Caminhar? Telefonar aos familiares? Alguns promovem um levante: passam a caminhar nos trilhos "Vamos a pé até o Brás". Um senhor coça o cocoruto, um moço faz a ginástica do cansaço. Novas conversas se formam. Uns dormem, outros "ãh...". Sem espaço, sem respiro, sem trem! Como vamos para casa? Que tempestade foi essa? A seca poeira da cinza fumaça - permanência da queima da vida - como resultante a torrencial chuva para a qual a humanidade não está preparada. Esse mundo que nos orgulhamos tanto em destruir cotidianamente grita mais alto. Gritamos por dentro a espera de mais de 5 horas... e mais, e mais, e mais. Até quando?