Elefantinhos vertem um liquido vermelho por suas trombas...
eles estão morrendo...
juntos... desgastados,
deixam-se sofrer a dor...
deitam-se sobre cobertores e sangram...
enquanto o menino chora...
o elefante rosa renasce em outro mundo,
mais claro, mais vivo...
ouve a natureza, mas ainda não sente o seu cheiro...
tem medo de ouvir demais...
cala-se, sem voz...
disse muito, palavras ao vento...
recupera-se, e, no novo caminho, muda de direção
... revive suas feridas...
aprende com aquilo que se desmancha...
com a carne cortada....
servida em banquete para cegos famintos..
.aprende com cada pedaço...
a ler o que não está escrito...
a intuir.
Acende a vela...
segue a chama...
vive a essência de seu novo mundo...
tira a capa de invisibilidade...
aos poucos,
gosta da delicadeza do olhar passando por sua pele,
pousando de leve em seus carinhosos olhos...
move-se redondo.
Anda sem se preocupar com o caminho,
vendo apenas a luz do horizonte.
Caminha em seu próprio trilho.
Pegadas...
leveza no peso do elefante.
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